Resumo: Entre 24 de agosto e 15 de setembro de 1820, sucederam em Portugal duas insubordinações militares nos principais núcleos urbanos do país: primeiro no Porto, depois em Lisboa. Embora de teor distinto, aqueles eventos deram origem ao estabelecimento do primeiro sistema político liberal em Portugal. Todo o movimento vintista imaginou-se mais como regeneração do que como revolução, vestígio de uma leitura filtrada da Revolução Francesa, feita pelos primeiros exilados portugueses em Inglaterra, e de que a retórica política era mais a de “remediar tantos males” de uma pátria julgada decadente, do que destruir para criar. Apesar de não ter surgido em Lisboa, foi para ai que toda a atividade revolucionária se dirigiu e, por conseguinte, o objetivo desta comunicação é fazer uma abordagem ao surgimento, pela primeira vez na história contemporânea portuguesa, de uma Lisboa revolucionária, que estabelece geografias bem demarcadas no combate político.
Nota curricular: Sérgio Monteiro Abrantes licenciou-se em História, no ano de 2015, pela FCSH-UNL. A partir de 2016, especializou-se em História Contemporânea (séc. XIX), tendo realizado investigação sobre a construção do liberalismo português na primeira metade do século XIX, âmbito no qual prepara, desde 2017, uma tese de mestrado sobre a Guerra Civil da Patuleia (1846-1847).
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