terça-feira, 24 de abril de 2018

"Revisitar a revolução: ecos literários da 'semana dos prodígios'"

Testemunho fotográfico da conferência de Ana Isabel Queiroz (apresentada pelo co-autor do projecto, Daniel Alves) IHC, NOVA-FCSH.






























sexta-feira, 13 de abril de 2018

4.ª Conferência: Revisitar a Revolução: ecos literários da “semana dos prodígios”, Ana Isabel Queiroz


Revisitar a Revolução: ecos literários da “semana dos prodígios”
Ana Isabel Queiroz (IHC, NOVA-FCSH)


Resumo CV: Ana Isabel Queiroz é doutorada em Arquitetura Paisagista (FCUP), mestre em Etologia (ISPA, Lisboa) e licenciada em Biologia (FCUL). Desde 2009, é investigadora contratada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas através de programas financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia: Investigador Ciência (2009-2013) e Investigador FCT (2013-2019). Nos últimos anos, publicou vários livros, capítulos de livros e artigos científicos em revistas nacionais e internacionais sobre temas de Humanidades Ambientais e Humanidades Digitais. Foi coordenadora do projecto “LITESCAPE.PT – Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental” — Acolhido pelo IELT (FCSH-UNL) e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
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Resumo: A Literatura tem-se revelado um repositório de memórias e, enquanto tal, uma fonte de informação sobre factos, ideias, valores e atitudes relacionadas com os eventos do passado. Neste contexto, o projecto LITESCAPE.PT – Atlas das Paisagens Literárias de Portugal Continental tem enquadrado diversos trabalhos de investigação onde se exploram as alterações dos elementos naturais e culturais, desde o Romantismo até à actualidade. A partir de 23 obras de ficção publicadas entre 1976 e 2013, estudam-se agora as representações literárias dos eventos revolucionários ocorridos entre a noite de 24 de Abril e o 1 Maio de 1974, período que a Literatura designou como “semana dos prodígios”. Os textos são submetidos a uma análise de conteúdo baseada em 7 categorias fixas e independentes, que permitem identificar quais e como são representadas as ocorrências, as instituições, as mensagens, as figuras públicas, os meios de comunicação, os ícones e a emotividade associada aos eventos. Uma abordagem espacial do mesmo corpus literário possibilita ainda definir a geografia literária das ações militares mais emblemáticas e das manifestações populares que ocorreram em Lisboa e arredores durante o mesmo período. Esta geografia literária e a cartografia dos eventos históricos são comparadas, explorando-se os conceitos de memória colectiva e lugar de memória. O tratamento dos dados e a visualização dos resultados da análise privilegia os métodos padronizados e quantitativos, incluindo estatísticas básicas e sistemas de informação geográfica.


Artigo de referência (sobre o mesmo tema): http://www.jsse.org/index.php/jsse/article/view/1351/1491