Resumo do CV
Virgínia Baptista, é Investigadora Integrada do IHC-UNL-FCSH e Investigadora Associada do CMRI-UA.
É Pós-doutoranda no IHC-FCSH-UNL a desenvolver o tema “Mulheres Trabalhadoras, Saúde e Medicina em Portugal (1900-1976)”.
Mestre e Doutora em História Moderna e Contemporânea, na especialidade História Económica e Social, pelo ISCTE-IUL e Licenciada em História, Ramo de Formação Educacional, pela FL-UL.
Bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2008-2012, Bolseira do Programa Erasmus, no Centre Pierre Léon ‒ Université Lumière Lyon 2, Setembro de 1995, e Bolseira do Projeto Erasmus, na Università degli Studi di Pisa, 1988.
A tese de doutoramento “Protecção e Direitos das Mulheres Trabalhadoras em Portugal ‒ As Origens do Estado-Providência (1880-1943)”, Lisboa, ICS, 2016, recebeu o Prémio Silva Leal 2014 e o Prémio Maria Lamas, 2016. A tese de mestrado “As Mulheres no Mercado de Trabalho em Portugal: Representações e Quotidianos (1890-1940)”, CIDM, 1999, foi publicada no âmbito do Prémio Mulher Investigação Carolina Michäelis de Vasconcelos 1998.
Tem investigado sobre as áreas do Trabalho feminino, Mutualismo, Estado Providência, Saúde e Medicina.
Tem publicado em revistas nacionais e estrangeiras, detacando dois artigos: “Legislation and Working Women in Portugal-Since the End of Nineteenth Century to the 1940s", Journal of Business and Economics, Volume 5, Number 9, September 2014, ISSN 2155-7950, pp. 1558-1567; "Women in the Portuguese Labour Market (1890- 1940)", in Bock, Gisela e Cova, Anne, (sous la dir.), Écrire l’Histoire des Femmes en Europe du Sud, XIXe-XXe siècles”, Oeiras, Celta Editora, 2003, pp.149-153.
Resumo da Conferência
O objetivo desta conferência é debater quem eram as parturientes que recorriam às maternidades de Lisboa, entre 1899 e 1943.
Estes marcos cronológicos referem-se aos anos em que começámos e finalizámos as pesquisas nos livros de inscrição das parturientes na Enfermaria de Santa Bárbara, do Hospital de S. José, e na Maternidade Dr. Alfredo da Costa.
Pretendemos responder a três questões principais: Qual a visão política e social das épocas sobre as mulheres das classes populares? Que cuidados de saúde existiram para as parturientes das classes populares e para os recém-nascidos? Quais os sistemas de proteção social vigentes para as mulheres, entre finais do século XIX e a década de 40 do século XX, quando tinham os seus partos nas maternidades?
Com base em diferentes fontes primárias, concluímos que as mulheres estigmatizadas pelos atestados de pobreza tiveram acesso à assistência social gratuita, nas maternidades, enquanto as mulheres trabalhadoras, que descontavam, acederam à previdência social, através do mutualismo ou dos empregadores.
Artigo de referência sobre o mesmo tem
Revista de História Regional; Revista, vol. 21, n.º 2, 2016: “Os partos e as maternidades em Portugal (1889-1943) os casos nas cidades de Lisboa, Porto e Coimbra”, Revista de História Regional; Revista, vol. 21, n.º 2, 2016, pp. 364-388;
(Disponível online aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário