segunda-feira, 5 de março de 2018

3.ª Conferência: "O Gosto Público que sustenta o Teatro: Pessoas, espaços e repertórios na Lisboa de Oitocentos" por Guilherme Filipe


No próximo dia 19 de Março, segunda-feira, contaremos com o investigador e actor Guilherme Filipe (CET-UL) para nos falar sobre "O Gosto Público que sustenta o Teatro: Pessoas, espaços e repertórios na Lisboa de Oitocentos".

Às 18h, no Palácio Pimenta, contamos com a sua presença.
  

Resumo da conferência: Análise panorâmica das condições criadoras do “mercado factício” garrettiano, e da elevação do género teatral ao estatuto de veículo demopédico de ilustração e entretenimento, entre a esfera dos teatros públicos e a semiprivada dos particulares, cujas interatividade dinamizou a produção dramática, a realização do espetáculo, e desenvolveu o espírito crítico da receção estética e da ilustração popular.

Guilherme Filipe
Actor, encenador, professor e investigador. Formado em Filologia Germânica (FLUL) e em Representação/ Encenação (ESTC/IPL), foi durante vários anos professor das disciplinas de inglês e alemão, no ensino secundário. Em regime de destacamento, trabalhou, no Ministério da Educação, em programas de formação pedagógica aplicada ao ensino das línguas vivas (English Teaching Group, 1976-79), e ao desenvolvimento de práticas multidisciplinares na criação de um modelo de aprendizagem curricular de pensamento abrangente (Grupo de Comunicação e Teatro, 1980-85).
Tem desenvolvido trabalho profissional como ator, em teatro, cinema e televisão. Em 1986, fundou a companhia de teatro Persona – Teatro de Comédia, com o objetivo de investigar e produzir dramaturgia portuguesa, tendo estreado, em absoluto, autores como Augusto Abelaira (Anfitriões), António Pedro (Desimaginação) ou Miguel Rovisco (Circo dos desenganos), entre outros, e criado versões de autos vicentinos (Auto da Índia e d’outras andanças e Lusitânia), em colaboração com os serviços educativos do Mosteiro dos Jerónimos e, em itinerância, com os pelouros da cultura de diversas autarquias, através dos programas do Ministério da Cultura.
A partir de 2003, dedicou-se aos Estudos de Teatro, tendo obtido o grau de Mestre, pela FLUL, com a dissertação Percursos itinerantes: A companhia de Rafael de Oliveira (Artistas Associados) e o grau de Doutor, com a tese O Gosto Público que sustenta o Teatro: Subsídios para o estudo da vulgarização do pensamento teatral oitocentista em Portugal. Investigador do Centro de Estudos de Teatro (FLUL), desde 2008, na área de documentação teatral, lecionou os seminários de História do Teatro em Portugal e de Análise do texto dramático. Em 2014, integrou o projeto Vida Cultural em Cidades de Província. Espaço público, sociabilidades e representações (1840 – 1926), do Centro de Estudos Geográficos (FLUL). Atualmente integra o projeto editorial de Cultura e Prática Teatral Luso-Brasileira, do CET/FLUL e da Universidade Federal do Paraná (UFP/Brasil), e o projeto Teatro proibido e censurado no século XIX, em Portugal (CET/FLUL). É docente do Curso Profissional de Interpretação, na Associação Canto Firme (Conservatório regional de Tomar) e na NB Academia, regendo as cadeiras de História da Cultura e das Artes e de Dramaturgia.
Tem publicado ensaios e artigos sobre as práticas de teatro e seus agentes, de que se destacam:
“Actores errantes de Oitocentos”, Sinais de Cena, 2009.
“O Paradoxo de Fialho: uma ‘radiografia’ ao teatro finissecular”, comunicação ao Congresso Internacional Portugal no tempo de Fialho de Almeida, 2011.
“Considerações sobre uma ideia de teatro popular”, in David Casimiro, Auto da Criação do Mundo ou Princípio do Mundo, 2012.
“Memoráveis actores”, in Maria João Brilhante (org.), Sete olhares sobre o teatro da Nação, 2014.
“A subtil preservação da memória”, revista CACAO, 2015.
“A vertigem da consciência ou o teatro no teatro em alguns exemplos portugueses”, 2017 (Academia.edu).


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